Custo de disponibilidade e número de fases

Se você já pesquisou sobre sistema fotovoltaico ou procurou entender melhor sua conta de luz, provavelmente ouviu falar em custo de disponibilidade. Já sabe o que é e como funciona? Te explicamos de uma maneira bem fácil!

O que é custo de disponibilidade?

Custo de disponibilidade é o valor mínimo cobrado pela distribuidora por disponibilizar energia elétrica para uma unidade consumidora – sua casa, empresa, local que estiver consumindo energia. Ele é cobrado quando não há consumo de eletricidade pelo imóvel ou quando esse consumo fica abaixo do mínimo estabelecido pela Resolução Normativa 414/2010 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

De quanto é o consumo mínimo?

O consumo mínimo cobrado varia conforme o número de fases do padrão de entrada de luz da residência, sendo de:

• 30 kWh para ligações com dois cabos condutores monofásicas (fase/neutro)ou bifásicas  (fase/fase);

• 50 kWh para ligações bifásicas com três cabos condutores (fase 1/fase 2/neutro);

•  100 kWh para ligações trifásicas com quadro cabos condutores (fase 1/fase 2/fase 3/neutro).

Essa quantia de kWh é multiplicada pela tarifa em vigência e cobrada como custo de disponibilidade. Caso você não saiba qual o padrão de entrada do seu imóvel, é possível identificar na conta de luz, assim como no quadro geral de energia, observando o número de fases do disjuntor geral. 

Quem precisa pagar?

O valor é aplicado aos consumidores do Grupo B, ligados em tensão inferior a 2,3 kV, subdividido nos seguintes subgrupos:

a) subgrupo B1 – residencial;

b) subgrupo B2 – rural;

c) subgrupo B3 – demais classes; 

d) subgrupo B4 – iluminação pública. 

Consumidores do Grupo A, ligados em tensão acima de 2,3 kV, não pagam custo de disponibilidade e sim demanda contratada. Explicaremos mais sobre esse grupo em um próximo post.

Qual a relação com a energia solar fotovoltaica?

Caso seu sistema seja conectado à rede da distribuidora de energia, ou seja, quando você injeta energia excedente para depois utilizá-la em outros horários – que atualmente é o sistema mais usado no Brasil e de melhor custo-benefício – você estará utilizando a rede, logo terá que pagar no mínimo o custo de disponibilidade. Por isso, a propaganda comum por parte de empresas de energia fotovoltaica de que é possível reduzir até 95% da sua conta de luz, e não 100%.