Maneiras de reduzir o meu gasto com Eletricidade

Mas antes disso, uma breve consideração.

Quando o assunto é economia, existem dois caminhos que podem ser seguidos: consumir/comprar menos, ou pagar mais barato pelo produto.

No Brasil, a maior parte dos consumidores são obrigados a contratar com uma distribuidora/concessionária de energia. Se trata de um monopólio legal, onde o governo regula os preços a serem repassados para os consumidores. Pelas empresas deste setor não possuírem concorrência, muitas vezes encontramos serviços ineficientes, atraso nos investimentos para melhoria da rede, burocratização de processos, que acabam encarecendo ainda mais a nossa tarifa.

Uma coisa é certa, com crise ou sem crise as distribuidoras e concessionárias de energia sempre lucram. Até porque elas possuem mecanismos legais para repassar os prejuízos aos consumidores.

Com isso a tarifa sempre aumenta, e nós, consumidores cativos, não temos a opção de escolher comprar energia de outra empresa.

Então, como reduzir meu gasto com eletricidade?

Duas são as suas possibilidades: Reduzindo o seu consumo de energia, e/ou gerando sua própria energia.

Vamos à primeira:

Redução direta do uso de energia

1. Construa o hábito de utilizar a energia apenas quando necessária. Apague as luzes e desligue os equipamentos quando não estiver mais utilizando. Pode parecer bobo, mas a diferença entre uma conta de 100 reais e outra de 300 pode estar na forma como você e sua família utilizam a energia.
2. Peça para um eletricista uma revisão elétrica do seu imóvel para verificação da existência de pontos de fuga de energia. Fios desencapados e energizados ou emendas malfeitas podem estar constantemente “vazando” energia.

Redução indireta do uso de energia

3. Adote equipamentos mais eficientes. Troque lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED. Compre equipamentos de baixo consumo – de preferência de eficiência A pelo Selo Procel. Ao comparar equipamentos, se atente ao consumo de energia mensal do mesmo. Um equipamento mais barato pode ter um custo mais caro para estar funcionando, se tornando caro depois que você fizer as contas.
4. Se a sua residência possui aquecimento por boiler ou bomba para posto artesiano, utilize temporizadores para evitar que estes equipamentos estejam constantemente consumindo energia, programando seu uso segundo os horários de demanda dos mesmos.

Para quem está construindo ou reformando

5. Planeje a divisão da área dos quartos, salas, cozinha e área de serviço considerando a posição do sol e dos ventos no seu imóvel. Se a sua cidade é bastante quente, deixe os quartos de preferência voltados para leste e norte. A face oeste absorve bastante calor após o meio dia, aquecendo-o para a noite. A lavanderia voltada para o oeste torna dispensável o uso de secadora. Os ambientes da face sul, devida a pouca incidência solar, tendem ser mais frios. A presença de umidade pode propiciar o aparecimento de mofo, portanto adote revestimentos fáceis de manter.

6. Invista em soluções de isolamento térmico. A adoção de algumas mudanças no seu projeto pode te trazer maior conforto e reduzir o seu gasto com eletricidade a curto prazo. A colocação de manta de alumínio por baixo das telhas, por exemplo, diminui a troca de calor entre o imóvel e o telhado, tanto no verão como no inverno. Paredes mais grossas, ou com placas de isopor, poliuretano, lãs minerais, EPS, entre outros, conservam melhor a temperatura interna. Ambientes envidraçados, sem proteção solar ou térmica, podem gerar efeito estufa se expostos durante longo período ao sol, sendo necessário o uso mais intenso de ar condicionado para refrescar o ambiente. A instalação de vidros duplos, brises, fachadas vazadas e pergolados são alternativas para diminuir a incidência do sol sobre o ambiente.

Agora, se você já adotou as medidas possíveis ou não está interessado em reduzir o seu consumo, existe uma outra solução para reduzir seu gasto com eletricidade.

Ao invés de comprar energia, pagando uma tarifa por cada kWh consumido no mês, você pode investir em um sistema que te gerará energia.

Produzindo a sua própria energia

Dentre os vários sistemas que geram energia, como o gerador a diesel, mini hidroelétrica, eólico, e de biogás, o de fácil adoção, menor investimento e disponível para todos, é o fotovoltaico, que não precisa ser abastecido ou suplementado, e pode ser instalado em quase qualquer local.

Um sistema desses, chamado de sistema solar fotovoltaico, é dimensionado para gerar a quantidade de energia que você estipular.

Ele converte a luz do sol em eletricidade, sendo implantado principalmente em telhados, aproveitando uma área já existente e não utilizada, e quase não gera manutenção.

E o dinheiro que você investe nele retorna para você, pois você estará deixando de pagar uma fatura alta.

Já nós primeiros anos você recupera o que desembolsou pelo sistema, economizando uma pequena fortuna ao longo dos mais de 25 anos que ele estará gerando energia para você.

Tem gente que inclusive decide instalar por querer utilizar mais energia, instalar mais ar condicionados e equipamentos elétricos, não ficar a mercê dos aumentos anuais da tarifa de energia, ser mais ecológico, e entender que o dinheiro que você paga para a concessionária não volta. Já o dinheiro que desembolsa para instalar um sistema, retorna para você.

Escolher por gerar sua própria energia é uma opção que envolve um investimento, pois você estará adquirindo um sistema que integrará seu patrimônio, e que gerará uma energia para a sua família ou negócio.

Não é a opção mais barata inicialmente, mas é a opção que traz a maior economia e conforto a médio e longo prazo.